sábado, 2 de fevereiro de 2008

NÃO

Não faço sonetos

E nem teoremas,

Não faço duetos,

Tão pouco poemas.

Pra você não faço nada

Que vale a pena.

Não, não devemos chorar.

Não, não devemos amar.

Não, não devemos olhar

Nos olhos que estão

A procura dos olhos que estão.

Não sou astronauta

E já não corro mais

Não faço muita falta

Você faz bem mais

Você faz bem mais você.

Não, não devemos chegar.

Não, não devemos tocar.

Não, é possível estragar

Com as nossas mãos as mãos

Que procuram as mãos que procuram.

Não, não astronauta

E nem teorema

Não faço muita falta

Tão pouco, poemas.

Pra você não faço mais

Nada que vale a pena.

Não.

®leoniaoliveira

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