quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Magnética Flor



Magnética flor,
Teus olhos azuis,
Verde-água também,
Deixam o mar em espera.
Só não sabem que tens
Muito mais que uma flor,
Muito mais que um jardim
A ser assim
Distribuído em saudades ligeiras,
Sensações verdadeiras
De uma alma em flor
E tens também
Astronautas na terra,
Escafandristas em espera
Para encontrar
A posta restante,
O baú flutuante
Do teu inteiro tear.
Magnética flor,
Só quem com teu polo rima
Sabe entender
Toda beleza da cor,
Primavera da dor,
Uma vida inteira
A ser também
Muito além
De magnética flor
Linda estampa, primeira
Alma azul verdadeira
Gêmea alma também.
E que mal tem?
Se não sabem os sábios
Ler nos teus carnos lábios
Que és quem tem
O conhecimentos da Etruria,
A dāleth fenícia,
O alfabeto celta das árvores...
Deixa assim
É que’sta flor,
Por ser um punhal em serpente,
Deusa leoa egípcia,
Mostra a esta gente
O valor da humildade
De uma flor que mais sabe
E não precisa provar
Nada para ninguém.
Põe em tua roca
Linha linho que toca
Gera canção.
Magnética flor,
É preciso ter mais
 Olhos que só veem a beleza
Para saber
Por que és
Magnética flor,
Alma azul, a primeira
Gêmea  alma também
®leoniaoliveira



domingo, 2 de dezembro de 2012

sábado, 24 de novembro de 2012

QUANDO O AMOR É LEVE


nós sempre nos casamos no mar
e jogamos a aliança no rio.
nós sempre nos amamos demais
e pensamos que o mundo é vazio.
nós nunca encontramos o bar
onde servem chopp em barril,
mas não custa a gente tentar
este boteco na 24 de abril.
meu amor,
me dá um tiquinho
do teu bolinho de arroz
e também
três ou quatro golinhos
de bera, meu bem!
vou ali
pedir o isqueiro
Pr’aquele rapaz.
O guri é bom,
O garçom é ligeiro
E o som tá demais.
Vai pedir
A batata suissa
de champignon?
Eu também,
mas a minha é mestiça,
catupiry e mignon.




©leoniaoliveira

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

ASTROLÁBIO


Primeiro foram criadas as correntes marinhas
E dada aos seres a necessidade de navegar
Nem um sabia de onde esta vontade vinha
Posto que todos temiam o mar.
Depois foram criadas as estrelas
E as posições da ursa polar,
Constelações se fizeram e vê-las
Despertou nos seres a vontade de voar.
Um dia surgiram as ilhas,
Os continentes a se desmembrar.
Pedaços de terra, Pedaços de trilhas
Então existia uma razão para se deslocar
Entre as faixas marinhas,
Entre as ilhas e trilhas
Pessoas distantes a se esperar.
E disto nasceu a saudade
Trazendo consigo a brisa do mar.
Os ventos foram criados,
A lua chegou pra ficar
Criando marés e soldados
Que cantavam suas glórias sobre o luar.
Surgiram os barcos, surgiram as velas,
Vieram os remos pra impulsionar
Ousados marujos que em caravelas
Faziam-se ao largo tentando encontrar
O porquê do desejo de navegar...
O porquê do desejo de navegar...
Ninguém sabia donde este desejo vinha
E monstros marinhos surgiram aos montes,
Fenícios e gregos observaram uma linha,
Egípcios e etruscos observaram o horizonte.
Estudos complexos de um tempo distante
Criaram um objeto para cartear
Cartas náuticas baseadas em estrelas brilhantes
A fim de que o oceano pudessem mapear.
Clepsidras já existiam e também as lanternas para guiar.
Era preciso criar um sextante
Que nunca nem antes
Ousou-se criar.
O astrolábio surgiu
E os seres se fizeram ao mar.
E ninguém nunca descobriu
De onde nasceu a vontade de marear.
Terras novas foram descobertas,
Convenções e Tordesilhas se fizeram notar,
Espanhóis e Ingleses travaram batalhas,
Surgiram corsários e novos monstros no mar.
Mestres, almirantes e marujos recebiam ofertas
Por cartas náuticas que soubessem desenhar.
Mapas do mundo se estendiam como toalhas,
 Lendas e mitos, marés, maremotos no afã de velejar.
E a ganância humana nunca se preocupou
Com as equações matemáticas que o astrolábio criaram.
A ignorância mundana nunca se preparou
Para entender o objetivo que as correntes criaram.
Foi por você,
Foi um sábio
Que para esboçar o contorno dos seus lábios
Precisou inventar
Bussolas, lunetas, faróis e o astrolábio
E dar aos gentios o desejo de navegar.
Foi por você,
Foi um sábio
Só para esboçar o formato dos seus lábios.

©leoniaoliveira (all rights reserved in ASTROLÁBIO, SONG LYRICS)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

OLHOS DE ANJO GATO


códigos binários,
loiros tons.
olhos de gato que leem
pré-socráticos,
conhecimentos de religião.
sinto o tom
sinto o tom.
é quem é que pode passar
pelo seu sorriso
sem lhe gostar?
e quem é que pode ousar
desafiar seu destino
seu baton?
ela é toda top, ela é todo som
ela é toda pop, ela é tudo de bom
símbolos de relicários,
mescla de paz.
olhos de gatos que olham
além do que é, do que se faz.
sinto o dom
sinto o dom
e quem é que pode ousar
desafiar seu coração?
e quem é que pode querer machucar
um anjo bom?
©leoniaoliveira

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

DIAMANTE DO INVISÍVEL

Das lavras de Minas, menina diamante
 Diafragma dínamo de luz
De um mar que havia deitado em Minas
Contorno de praias, cor de luz

E a praça, o batismo, o reflexo do azul
Qual a cor de um destino cravado em azul??
E toda mineira assim ela vem
O trem, cabeceira, a flor que faz bem

A graça, menina, banhada de som
Abraça esta sina, este teu corpo são.
Reflexo de clube, de esquina, de megatons

 Ligação vinte vidas que faz tanto bem

A graça, menina, banhada de som
Abraça esta sina, este teu corpo são.
Reflexo de clube, de esquina, de megatons

 E do outro lado do mar
Os barcos pesqueiros e os golfinhos corais
A veia marinha do meu sangue bom
Acha a porta que rima Zimbros com Milão
Olha a graça, menina, que desce ao luar
Diamante de Minas
Invisível mar.

©leoniaoliveira

domingo, 21 de outubro de 2012

RAP DELICADO

SE  SOU NEGA CRIOLINA MEU CABELO É RELAXADO
SE  SOU LOIRA, SOU MENINA, MEU CABELO É MAL CORTADO
SE  SOU EU APENAS, MINA, MEU CABELO É LEÃOZADO
DIZ:
EU QUERIA FAZER UMA DIAGONAL QUADRADO
COISA SEM LÓGICA SIM, SEM LADO
DAÍ EU FAÇO ASSIM ESTE RAP DELICADO
EU NEM SOU DO RAP MAS O RAP TÁ DO MEU LADO
ELE BROTA  AQUI NO MEU FALAR RIMADO
E EU GOSTO DE RIMA PORQUE RIMAR É DESCOLADO
COLOQUEI MUITA COISA EM CIMA E JOGUEI PAPO FURADO
QUERO QUE VOCÊ SAIBA QUE VOU DAR O MEU RECADO
E QUE TUDO SAI EM CIMA DO QUE VEM BARATINADO
EU NÃO CURTO BARATINA NEM CURTO MAL CUIDADO
SE  SOU NEGA CRIOLINA MEU CABELO É RELAXADO
SE  SOU LOIRA, SOU MENINA, MEU CABELO É MAL CORTADO
SE  SOU EU APENAS, MINA, MEU CABELO É LEÃOZADO
MAS VOLTANDO LÁ EM CIMA EU VOU DAR O MEU RECADO
ESTE RAP VEM DISPOSTO E POSTO VEM CANTADO
VEM CANTANDO DIFERENTE O QUE SEMPRE FOI BUSCADO
SE ACHEI QUE FOSSE GENTE ACHEI O  BEM ACHADO
E SE ACHEI, ACHEI DESCENTE,  ACHADO NÃO É ROUBADO
ABRE A PORTA LÁ EM CIMA E  ESCUTA O QUE VEM DIGITADO
QUERO TE DAR UM PRESENTE, MAS O PRESENTE ME VEM DADO:
A MÚSICA NASCE DIFERENTE É UM NOVO BORDADO
BORDEI LUA EM CARTOLINA, BORDEI MAR EMOLDURADO
TÔ FALANDO, AI MENINA, QUE  NÃO TEM NADA EMBOLADO
SÓ POR RESPEITO E CRIA DE UM FALAR ALUCINADO
EU DIGO QUE VOCÊ DE PRESENTE VAI GANHAR UM BOM OLHADO
 DESTE RAP INICIANTE, DESTE RAP DELICADO
®leoniaoliveira

OS DOIS HOMENS

os dois homens,
olhos nus,
segue a flecha meu herói
deixa que a floresta se encarregue
de tudo que não possa ser
feliz pra nós.
os dois homens,
de azuis,
ternos feitos num palanque
 e eis que chega aquela que será
ela
e somente ela
com seus diamantes.
os dois homens,
olhos blues,
seguem ternos diamantes
seguem aquela que os seduz
e compartilham este instante.

®leoniaoliveira

EXÍLIO

(para C. VilasBoas)

é como se ainda existisse o exílio
e fosse tirado tudo de mim
é como se eu levasse o tiro
Que foi destinado ao martim.

e o mundo não se importasse com nada,
e não existissem direitos humanos
a tua ausência é a porta fechada
no frio calabouço de amores insanos

é como se ainda existisse o martírio
e fosse acoplado o suplicio em mim
é como se’u fosse o destino de um filho
que não vingou por não ser ruim

e o mundo não se envergonhasse de nada
e não houvesse comoção mundial
a tua ausência é a dor enjaulada
da fera que se assusta no próprio quintal

e o mundo me quisesse mundana
e eu fosse santa, um pagão sem igual
lutando contra uma força tirana
 que mancha meus verdes olhos tachados em jornal


é como se existem negreiros ainda
ferrolhos de pedra humilhando uma irmã
e eu fosse a tarde que finda,
num cruel labirinto de alma malçã

e o mundo não se importasse com nada
e não existissem mais que cores vãs
a anistia fosse não inventada
um tempo de achar doido qualquer coisa sã.

é como se ainda existisse o exílio
e fosse tirado tudo de mim
é como se eu recebesse o tiro
que foi destinado a qualquer querubim.

e o mundo não se importasse com nada
e não existissem direitos humanos
a tua ausência me fosse apunhalada
e não existissem resgates, médicos ou panos
e o mundo não se importasse com nada
e não existisse desejos cristãos
e o mundo não fosse mais que uma parada
um auto-exílio em forma de solidão.
®leoniaoliveira

(all right reserved in ASTROLÁBIO - SONG LYRICS)
(esta música foi publicada  como poema no livro Poemas Mínimos)

domingo, 30 de setembro de 2012

10 ANOS DA HISTÓRIA DELES

                                       

Ele tinha 26 anos, 26 anos, 26 anos
Há dois dias ele tinha 26 anos
{ repete tudo
Ela tinha 21 anos, 21 anos, 21 anos
Há três dias ela tinha 21 anos
{repete
{repete tudo
Casaram-se quando ele tinha 27 anos,
27 anos, 27 anos.
Portanto
Ela tinha 22 anos, 22 anos, 22 anos
0 1º filho nasceu ele tinha 28 anos,
Ela tinha 23 anos, 23 anos, 23 anos.
Quando o filho tinha 1ano ele tinha 29 anos ela tinha 24 anos (repete esta estrofe)
(bis em ritmo de batman) “ Não confie em ninguém com mais de/ 30 anos, não confie em ninguém com mais de 30 vestidos/ meu professor tem mais de 30 anos/ Meu professor tem mais de 30 vestidos.”
Ele passou dos trinta anos ela 25anos, o filho 2 anos.
O 2º filho nasceu aos 31 anos aos 26 anos o filho tinha 3 anos.
Aos 32 anos, aos 27 anos, aos 4 anos, ao 1º ano,
Nasceu a menina da casa, a menina da casa nasceu.
Ele fez vasectomia aos 33 anos, aos 33 anos, aos 33 anos.
Ela engordou um pouco aos 28 anos, 28 anos
                “Batman, Batman,Batman”
Quando o filho tinha 6 anos ele tinha 34 anos
Quando o filho tinha 4 anos ela tinha 30 anos
Quando a filha tinha 3 anos ele tinha 36 anos.
Ele tinha 36 anos, 36 anos, 36 anos
Ela tinha 31 anos, 31 anos, 31 anos

®leoniaoliveira

ACERTO DE CONTAS

Coisas que você me disse um dia e eu guardei:
O quê que a gente vai fazer esta tarde?
Olha, a porta da frente ficou aberta.
Deixei teu carro na revisão.
Minha mãe quer te conhecer também.
Meu bem, esta noite é nossa.
Olha o avião já vai partir.
Esqueci.

Coisas que você me disse um dia e eu tentei:
Não acredite nos jogos, não.
Amor, você devia deixar o cabelo crescer.  (ou: Amor, deixa o cabelo crescer, fica bem.)
Pinta de vermelho as suas unhas que combina com você.
Te comprei um vestido tão lindo, bota pre’u ver.
Acredite não deu pr’eu chegar mais cedo.
Me esquece.

Coisas que você deixou comigo e eu joguei:
Baralhos,
Manchetes,
Cigarros,
Chicletes.
Todas as fotos.
Todas as cartas.
Capacete pra moto.
Tua febre alta.
Todos os doces e as jóias também
Todo o amor que você’inda tem.

Coisas que você levou de mim e eu não resgatei:
Meu gosto pra filme,
Minha falta de tempo,
Minha quebra de regime,
Meus cabelos ao vento.
Minhas fotos, minhas fotos, minhas fotos.
O jeito de beijar você.

Pois é meu bem, foi-se, foi-se, foi-se.
®leoniaoliveira

FLOR DE QUERER BEM


 pequena flor de milho
estampada na garganta
quando o tempo pede o brilho
vem a brisa e te canta.
uma pequena flor de areia
passa o tempo em ampulheta
sê pequena não diz tudo
teu desenho rompe a palheta.
vem a brisa e levanta
e  carrega  em vôo cego
lá de cima ainda canta
lá em cima não há tédio.
oh! pequena flor de linho
beija flor te quero tanto
não comporta teu carinho
não importa, a gente dança.
uma pequena flor rosada
de azuis olhos abertos
vai fazendo esta estrada
me tirando do deserto.
se não sou teu passaredo
deixe ao menos que te cante
amanhã ainda é cedo
amanhã é um mirante.
vem pequena flor de água,
vem composta em melodia
vem trazendo meia, anágua
vem fazendo estrepolia.
não há hora mais tranqüila
do que quando estais brilhando
o teu sol é minha ilha
tua lua está rodando.
e nessa imensa romaria
de um dia e outro antes
a  pequena flor nascia
delicada e deslumbrante.
Caramelo cachoeira
de cabelos  cacheados
onde andava a flor costeira
senão aqui em qual reinado?
eu sou um leão marinho
nem ao menos sei teu lago
mas se pedes por carinho
rasgo o mar e todo eu trago.
esqueci de quem me dera
já nem lembro quem foi ontem
nova flor, em nova era
brigadeiros que levantem.
vou cuidar da flor, querida,
vou cravá-la em diamante
uma pequena flor da vida
uma mulher enfim gigante.
®leoniaoliveira

sábado, 1 de setembro de 2012

O FIO DE ARIADNE - LANÇAMENTO EM CURITIBA

TAL E QUAL MEU SALVADOR

Tal e qual meu Salvador
Lanço a rede para o mar
Volta em laço de flor
Algas marinhas, recifes, corais
Vem me ajudar
A salvar a nossa dor.
Tal e qual meu Salvador
Me deixei crucificar
Pra poder morrer de amor
E, então, ressucitar
Fui andando sobre as águas
Pra curar as nossas mágoas.
Salve, salve, Salvador
Que aqui me vem salvar,
Que aqui me vem salvar (2x)
Vem salvando a minha dor
Troteando o meu lutar
Vou discipular o amor
Só assim vou me salvar.
Por onde quer que eu for
A alegria não pode faltar.
Fui tal qual o Salvador
Transformei meu sangue em mar.

leoniaoliveira/graco lima

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

CHUVA EM OLINDA

Chuva criadeira

Pra onde esta indo?

Ela é sorrateira, ela é sorrateira

Já chegou partindo

Chuva de verão,

Abranda imenso calor,

Invandiu com emoção

Podia ter contado que nao era amor.

Chuva sorrateira

Amanheceu caindo

Ela e passageira, ela e passageira

Só chorou sorrindo.

leoniaoliveira

Mulher de Iansã, Senhor de Xangô

O vento faz a mulher
E a mulher a tempestade
Aí, Que destino o meu,
Ser Iansã e Xangô ao mesmo tempo!
Ai, amado meu, dançar com o raio,
A chuva ou dançar com o vento?
O meu pai me carreou
O meu pai me carreou
Minha mãe me deu a cor
Minha mãe me deu a cor
Santa Barbara com seu machado
Vem cortando a tempestade
Vem cortando a tempestade
Mulher de iansa, sou eu!
Senhor de Xangô, sou eu!
No meu vento corre trem
Corre menino, corre boiada
Encaminho o descaminho
Encaminho, outra estrada
De um lado o santo vem
De um lado o santo vem
Na minha cabeça pareada.
Mulher de Iansã, sou eu!
Senhor de Xangô, sou eu!
Iemanjá de decimo segundo obá,
Que vem à terra guerrear sua guerra
E depois volta pro mar.

leonia oliveira

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

VALEU!

Valeu,
Embora o sonho fosse só meu.
Valeu,
Não chora que o susto foi você quem deu.
Valeu
E agora me deixa nadar nos caprichos seus.
Dei-lhe todos os meus réis
A planta dos meus pés,
Espaço prateado,
Meu pranto, meu bordado
Meu canto, meu achado
Meu santo, meu pecado.
Não era tua nem era minha,
Não era teu e nem era meu.
Não era agulha nem era linha,
Não acreditava e nem era ateu.
Valeu.
leoniaoliveira ®

Nascente

Brota o fruto da cereja
À flor do meio dia.
Linda água vai acessa,
Pauta, o barro, a correnteza,
Cambraiando a guia.
Assim te vejo, e veja,
Intento em demasia.
Tenho por certo a incerteza
Se, toalha e mesa,
Tu me quererias.
Brota o passo a ser traçado
Da sua mão quero o riscado,
Rabiscar folia,
Mas se tal passo mal dado,
Um acordeon quebrado,
Eu me sangraria.
Eu me sangraia, oi
Eu me sangraria.


leoniaoliveira ® (all rights reserved in ASTROLÁBIO - SONG LYRICS)