segunda-feira, 11 de março de 2013

VALSA DIFUSA


Trago tratados
De tordesilhas
Pra tua ilha.
Um bem guardado
Abraço apertado
De sarrapatilha.
Sou quem vigia
Teu mal-olhado,
Te tem por filha.
 
Mas não magoa não
A meiga navegante,
Que leva um tempão
Para recompassar  acordes dissonantes.
Me pega pela mão
Como fazia antes
Sinaliza com rojão
Ao me vislumbrar chegante.

Diz-me da tua dor
Se te causou pavor
Minha delicadeza.
Mas como eu poderia supor
Que tu querias amor
Se não tenho tal destreza?
Tira-me deste horror
De ter como lavor
Desacreditar de tua nobreza.

Mas não magoa não
A tua doce musa,
Que leva um tempão
Recolher as calúnias com que tu me acusas.
Me pega pela mão,
Dizes, eu acredito, que estavas confusa
Sinaliza com rojão
Quando entenderes a pausa em profusão desta minha fusa. 


©leoniaoliveira


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